Vinho e Saúde: Conheça os benefícios



Não é novidade para ninguém que a noite pode ficar muito mais apimentada quando temos uma boa garrafa de vinho para tomar a dois. Mas além de todo o charme criado pelo clima de um bom vinho, uma pesquisa realizada pela University West Australia, e divulgada pelo site da revista inglesa Decanter, encontrou uma relação entre o consumo moderado e continuado de vinho e baixas taxas da disfunção erétil. 1700 australianos participaram da amostragem e o acompanhamento destas alegres cobaias mostraram que as ocorrências de disfunção erétil prolongadas foram reduzidas de 25% a 35% em consumidores regulares de vinho – uma a 20 taças por semana – quando comparados àqueles pobres infelizes que não têm o hábito de beber.

Há muito sabe-se que o álcool, consumido em pequenas doses regulares, traz benefícios para a saúde. Estudos epidemiológicos mostram que o álcool presente no vinho, cerveja e destilados pode diminuir a mortalidade por infarto do miocárdio, isquemia cerebral etc. Entretanto, o vinho é quem mais desperta interesse dos cientistas por apresentar, além do álcool, diversas substâncias antioxidantes em sua composição. Entre os mais de 1000 compostos encontrados no vinho, os polifenóis (flavonóides, taninos, catecinas, resveratrol etc) são os mais estudados.

Os polifenóis, derivados de várias plantas, são os antioxidantes mais encontrados em nossa dieta. De acordo com sua origem, apresentam diferentes estruturas químicas. Atualmente, vários estudos têm demonstrado que o resveratrol, um antioxidante natural presente em vinhos tintos e brancos, está associado com os efeitos benéficos do vinho na doença coronária. Além disso, em laboratório, o resveratrol tem mostrado efeito protetor contra o câncer, embora estes resultados ainda não tenham sido demonstrados na prática clínica.

Doenças coronárias: o consumo moderado de vinho controla os níveis sangüíneos de algumas substâncias químicas inflamatórias chamadas citocinas. Estas, por sua vez, afetam o colesterol e as enzimas da coagulação. O vinho é capaz de reduzir os níveis de LDL e aumentar os de  HDL (colesterol bom). Com relação à coagulação, o vinho protege contra a formação de placas de aterosclerose no endotélio dos vasos sanguíneos. Estes efeitos poderiam prevenir o entupimento de uma coronária, evitando um infarto do miocárdio.


Disfunção Erétil: Os problemas da potência sexual, assim como as doenças dos vasos sanguíneos arteriais (doença coronaria, isquemia cerebrovascular, etc) compartilham a mesma fisiopatologia. O álcool tem um efeito protetor contra a aterosclerose (formação de placas obstrutivas nas paredes dos vasos sanguíneos) que se estende também à prevenção da disfunção erétil.  A conclusão é de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O consumo regular (mas moderado) de vinho tinto estabiliza os vasos sanguíneos existentes no tecido erétil do pénis. Esse processo de estabilização dá-se através de um mecanismo que envolve o aumento da expressão de moléculas que promovem as interações entre as células. A disfunção erétil é considerada uma manifestação precoce de aterosclerose e de doença cardiovascular.


Doenças do cérebro: Os efeitos mais conhecidos do álcool sobre o sistema nervoso são a embriaguez e a dependência alcoólica. Entretanto, quando consumido com parcimônia, o vinho parece reduzir o risco de demência, incluindo o Mal de Alzheimer. Segundo alguns especialistas, os polifenóis presentes no vinho (principalmente nos tintos) seriam os responsáveis por evitar o envelhecimento das células cerebrais. É intrigante notar que, proporcionalmente falando, a ação antioxidante dos polifenóis dos vinhos brancos é superior à dos tintos. Entretanto, a quantidade de polifenóis dos tintos é muito superior à dos brancos, tornando estes vinhos mais interessantes para as células cerebrais. Além da ação antioxidante, os vinhos melhoram a circulação cerebral, com o fazem com a circulação coronária. 


Doenças do aparelho urinário: Estudos mostram que o vinho é capaz de reduzir em até 60% o risco de formação de cálculos urinários, ao estimular a diurese. Uma outra observação de interesse prático foi feita recentemente. Pesquisas realizadas em Honolulu, no Havaí e em Rhode Island, nos Estados Unidos, demonstraram que os riscos de se precisar de uma cirurgia de próstata são 50% menores nos homens que ingerem diariamente um copo de vinho ou três copos de cerveja, quando comparados aos indivíduos sem estes hábitos.


Além desses efeitos benéficos, o consumo regular de vinho também parece proteger contra o diabetes, doenças dos ossos e do sangue, visão, e até mesmo certos tipos de câncer. Muito embora alguns estudos ainda não terem conseguido provar cientificamente o real efeito benéfico do vinho em nosso organismo, não custa nada curtir os prazeres de se tomar um bom vinho em boa companhia.

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